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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

CERRADOS

Cerrado é o nome dado às savanas brasileiras caracterizadas por árvores baixas, arbustos espaçados e gramíneas, e pode ser classificado como cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo de cerrado ou campo limpo, sendo que o cerradão é o único que apresenta formação florestal. Presente nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás o cerrado cobre cerca de 197 milhões de hectares do território brasileiro sendo o segundo bioma mais produtivo do país. Formações de cerrado podem ser encontradas em outras regiões do país como áreas de transição pra outros ecossistemas. Essas áreas de transição de cerrado são chamadas de ecótonos ou periféricas e estão nas divisas com a Caatinga, a Amazônia e a Mata Atlântica. A principal marca do bioma cerrado são seus arbustos de galhos retorcidos e o clima bem definido, com uma estação chuvosa e outra seca. Entretanto, na região do cerrado encontram-se três das maiores bacias hidrográficas do país, sendo este bioma o berço de rios caudalosos como o São Francisco. Acredita-se, pois, que as peculiaridades da flora (troncos tortuosos e com casca espessa...) se devam à falta de alguns micronutrientes específicos e não à falta de água necessariamente.
Os solos nestas regiões são geralmente muito profundos, antigos e com poucos nutrientes, exigindo uma adaptação da flora que possui, geralmente, folhas grandes e rígidas, além de, algumas espécies, apresentarem depósitos subterrâneos de água como uma espécie de adaptação às queimadas constantes, permitindo que elas voltem a florir após o incêndio. Outra adaptação são as raízes bastante profundas podendo alcançar de 15 a 20 metros por causa da distância do lençol freático até a superfície. Aliás, os incêndios criminosos são as principais ameaças a esse bioma. Até os anos 70 o solo do cerrado era considerado improdutivo, mas, com a evolução da tecnologia a região tornou-se responsável por cerca de 40% da produção de soja no Brasil e mais de 70% da produção de carne bovina. Sem contar que, além das inúmeras minerações e carvoarias que vem destruindo cada vez mais o cerrado, a pressão do crescimento populacional das cidades, principalmente em Minas Gerais e na região Centro-Oeste, tem colocado o cerrado entre os biomas mais ameaçados do mundo. Acredita-se que o cerrado brasileiro seja o tipo de savana mais rico em biodiversidade do planeta com mais de 4.400 espécies vegetais endêmicas (de um total de 10.000 espécies), 837 espécies de aves e 161 espécies de mamíferos.
Mesmo assim, a despeito de toda a riqueza natural do cerrado e de seu povoamento tardio, hoje ele conserva apenas 20% de sua área total. Diversas tentativas no sentido de preservá-lo vêm sendo tomadas, mas até então, apenas cerca de 6,5% de sua área natural está protegida pela lei sob a forma de Unidades de Conservação (UC).

O DESERTO DO SAARA

O deserto do Saara é o maior deserto quente do mundo (haja vista que aAntártica é a maior área deserta do planeta). Sua superfície é de 9.065.000 km². Está localizado no norte do continente africano, separando-o em duas regiões: a África mediterrânea, situada ao norte e a áfrica subsaariana, localizada ao sul. Ao este faz fronteira com o Mar Vermelho, ao oeste com o Ocenano Atlântico e ao norte com as montanhas Atlas e o Mar Mediterrâneo. O deserto tem mais de 2,5 milhões de anos.Este deserto se estende pelo território dos seguintes países: Túnis, Argélia, Marrocos, Saara Ocidental, Mauritânia, Mali, Níger, Líbia, Chade, Egito e Sudão. O deserto do Saara se expande e contrai em ciclos regulares, de tal maneira que suas fronteiras com tais países são pouco constantes.

Este deserto faz fronteira com quase todos os países do norte da África, onde predomina a cultura árabe. As dunas começam perto do Alto Atlas e se estendem até zonas mais tropicais mais ao sul. No Alto Atlas, só existe vegetação (de verde intenso que contrasta com a areia em volta) próxima aos cursos dos pobres rios da região. Nos oásis abundam as palmeiras de tâmaras e a água destes é, em certas ocasiões, canalizada para garantir a irrigação das plantações. Muitas vezes a água consumida nesta localidade vem de aqüíferos aos quais se tem acesso através de poços. Ao contrário do que se pensa, três quartos do deserto são constituídos de cascalho, só o restante é feito de areia e dunas.
Neste deserto há várias ecorregiões que, devido a suas diferenças de temperatura, precipitações, altitude e geologia, abrigam plantas e animais diferentes. São elas: o deserto costeiro atlântico - ocupa uma estreita faixa ao longo da costa do oceano atlântico e onde cresce líquen e plantas suculentas; estepe do Saara setentrional - ocupa a faixa setentrional do deserto. É uma zona de transição entre as regiões de clima mediterrâneo (ao norte) e o deserto árido ao sul; Deserto do Saara – é a parte central do deserto é extremamente seco e chove pouquíssimo e esporadicamente. Estepe e savana arborizada do Saara meridional – é a zona de transição entre o deserto árido e a savana de acácias de Sahel; Monte xerófilo do Saara ocidental – compreende várias planícies vulcânicas em direção ao oeste do deserto, com um clima mais úmido e fresco; Monte xerófilo do maciço de Tibesti e monte Uweinat – zonas de altitude no este do Saara; Depressões salinas do Saara e Deserto costeiro do Mar Vermelho – Faixa costeira do mar vermelho, Egito e Sudão.Dentre os poucos animais que habitam a região podemos citar escorpiões, lagartos, cobras, dromedários, antílopes (adaptados às condições desérticas) e cabras.

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

COMO SURGIU O CONCEITO

O termo desenvolvimento sustentável foi utilizado pela primeira vez, em 1983, por ocasião da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU. Presidida pela então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brudtland, essa comissão propôs que o desenvolvimento econômico fosse integrado à questão ambiental, estabelecendo-se, assim, o conceito de “desenvolvimento sustentável”. Os trabalhos foram concluídos em 1987, com a apresentação de um diagnóstico dos problemas globais ambientais, conhecido como “Relatório Brundtland”. Na Eco-92 (Rio-92), essa nova forma de desenvolvimento foi amplamente difundida e aceita, e o termo ganhou força. Nessa reunião, foram assinados a agenda 21 e um conjunto amplo de documentos e tratados cobrindo biodiversidade, clima, florestas, desertificação e o acesso e uso dos recursos naturais do planeta.
O QUE SIGNIFICA

Desenvolvimento sustentável significa:“Atender às necessidades da atual geração, sem comprometer a capacidade das futuras gerações em prover suas próprias demandas.” Isso quer dizer: usar os recursos naturais com respeito ao próximo e ao meio ambiente. Preservar os bens naturais e à dignidade humana. É o desenvolvimento que não esgota os recursos, conciliando crescimento econômico e preservação da natureza. Dados divulgados pela ONU revelam que se todos os habitantes da Terra passassem a consumir como os americanos, precisaríamos de mais 2,5 planetas como o nosso. Estamos usando muito mais os recursos naturais do que a natureza consegue repor. Em muito pouco tempo, se continuarmos nesse ritmo, não teremos água nem energia suficiente para atender às nossas necessidades. Cientistas prevêem que os conflitos serão, no futuro, decorrentes da escassez dos bens naturais.
COMO ATINGIR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A primeira etapa para conquistar o desenvolvimento sustentável é reconhecer que os recursos naturais são finitos. Usar os bens naturais, com critério e planejamento. A partir daí, traçar um novo modelo de desenvolvimento econômico para a humanidade. Confunde-se muito desenvolvimento com crescimento econômico. São coisas distintas: - desenvolvimento que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais, que as atividades econômicas são incentivadas em detrimento ao esgotamento dos recursos naturais do país, é involução. É insustentável e está fadado ao insucesso. - Desenvolvimento sustentável está relacionado à qualidade, ao invés da quantidade, com a redução de matéria-prima e produtos. Implica em mudanças nos padrões de consumo e do nível de conscientização.

CONSUMO SUSTENTÁVEL É
Um modo de consumir capaz de garantir não só a satisfação das necessidades das gerações atuais, como também das futuras gerações. Isso significa optar pelo consumo de bens produzidos com tecnologia e materiais menos ofensivos ao meio ambiente, utilização racional dos bens de consumo, evitando-se o desperdício e o excesso e ainda, após o consumo, cuidar para que os eventuais resíduos não provoquem degradação ao meio ambiente. Principalmente: ações no sentido de rever padrões insustentáveis de consumo e minorar as desigualdades sociais. Adotar a prática dos três 'erres': o primeiro R, de REDUÇÃO, que se recomenda evitar adquirir produtos desnecessários; o segundo R, de REUTILIZAÇÃO, que sugere que se reaproveite embalagens, plásticos e vidros, por exemplo; por fim, o terceiro e último R, de RECICLAGEM, que orienta separar o que pode ser transformado em outro produto ou, então, em produto semelhante.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

PROTOCOLO DE KYOTO

Como o próprio nome já diz, o Protocolo foi assinado em kyoto (Japão), em 1997.O documento estabelece aos países industrializados a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2, gás carbônico) e outros gases do efeito estufa (gases que contribuem para o aquecimento global), ou seja, o protocolo impõe uma meta de redução desses gases na atmosfera.Apenas as nações ricas são obrigadas a reduzir suas emissões, as outras (em desenvolvimento) como Brasil, China e Índia, embora sejam grandes poluentes, podem participar do acordo, mas não são obrigados a nada.Isso não significa que elas não devem se importar; pelo contrário, o mundo inteiro tem responsabilidade no combate ao aquecimento, mas a idéia é que os países que mais lançaram gases na atmosfera têm maior obrigação de reduzir as emissões.Aqueles que conseguirem um resultado satisfatório, receberão os chamados “Créditos de Carbono”, que valem dinheiro.O Brasil embora não tenha muitos deveres no acordo, só sai ganhando com esse protocolo, pois qualquer projeto elaborado aqui com a finalidade de diminuir o efeito estufa pode se transformar em crédito de carbono. Se por acaso algum país rico não conseguir ou tiver dificuldade de atingir a meta, ele poderá comprar esse crédito do Brasil. O álcool da cana-de-açúcar não polui e é um substituto dos combustíveis provenientes do petróleo (o Brasil é um grande produtor de álcool); além disso, nosso país possui grandes projetos de reflorestamento aumentando a quantidade de árvores que absorvem o dióxido de carbono. O documento conta com a participação de centenas de países; porém, infelizmente, o sucesso do acordo não é total, pois os Estados Unidos (maior emissor de gases estufa na atmosfera) recusa-se a assinar o documento, bem como alguns outros países, como a Austrália. O ex-presidente George W. Bush alegou não existirem provas suficientes que liguem o aquecimento global à poluição industrial e além disso, ele disse que a economia de seu país seria prejudicada, já que são dependentes de combustíveis fósseis (o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis contribuem para a emissão desses gases no ar).Em vez de diminuir as emissões, os EUA optaram por desenvolver tecnologias menos poluentes.Protocolo de Kyoto e Aquecimento Global são duas coisas que andam juntas, é impossível falar de um sem citar o outro.O Protocolo foi criado justamente para impedir que o aquecimento cresça e prejudique cada vez mais o planeta e seus habitantes.
Em 1988 em Toronto (Canadá), ocorreu a 1ª reunião entre governantes e cientistas sobre as mudanças climáticas. Esta reunião descreveu os tristes impactos que tais mudanças causam ao nosso planeta. Dois anos depois, o IPCC informa e adverte sobre a importância de reduzir a emissão do principal gás do efeito estufa (CO2 – Dióxido de Carbono). Em 1995, o IPCC novamente faz um alerta aos cientistas comunicando que os primeiros sinais das mudanças climáticas já são evidentes. No ano de 1997, é assinado o Protocolo de Kyoto e em 29 de abril de 1998, o Brasil assina o documento.
ATIVIDADE:
1- O que estabelece o Protocolo de kyoto?
2 -Por que o Protocolo de Kyoto recebeu esse nome?
3- De acordo com esse protocolo, que nações são obrigadas a reduzir a emissão de gases na atmosfera?
4- O que as nações que conseguirem um resultado satisfatório, reduzindo a emissão de gases receberá?
5- Que países se recusaram a assinar o Protocolo de Kyoto?
6- O que alegou o ex-presidente Bush ao se negar a assinar o protocolo?
7- Por que os países ricos, que não conseguirem atingir a meta de emissão de gases, poderão comprar créditos de carbono do Brasil?
8-Em vez de reduzir a emissão de poluentes, o que os EUA optaram em desenvolver?
9- Qual o principal gás do efeito estufa?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ACIDENTES GEOGRÁFICOS

Acidentes geográficos são variações no relevo terrestre, e podem ser divididos em duas categorias: acidentes naturais, como lagos, rios, montanhas, vales, serras, etc.; e acidentes artificiais, como casas, cidades, pontes, etc. Os acidentes geográficos geralmente são utilizados como ponto referencial para delimitar fronteiras, como os Montes Urais, acidente geográfico que delimita a fronteira entre a Ásia e a Europa; ou o obelisco em Foz do Iguaçu, um acidente geográfico artificial que marca a fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Veja alguns acidentes geográficos e suas definições:Acidentes naturais ou artificiais: “ilhas”, porção de terra cercada de água pelos lados, podendo ser, ligadas ao continente, mas que por causa do relevo, possuem um canal que as separa deste (Ex. ilha de Marajó), ou ainda, uma montanha ou vulcão submarino que emerge e forma uma ilha sem qualquer ligação com o continente (Ex.: ilha de Páscoa); “arquipélago”, conjunto de ilhas; “baía” ou “golfo”, reentrância pela qual o mar adentra um pedaço do continente formando uma abertura estreita (Ex.: baía da Guanabara), a diferença é que o “golfo” possui dimensões bem maiores (Ex.: golfo de Bengala); “Canal”, estreitamento natural do mar ou uma passagem escavada na terra para se conduzir cursos de água para se conectar rios, lagos ou mares (Ex.: canal de Suez – artificial;canal da Mancha – natural); “delta”, desembocadura de um rio (Ex.: delta do Nilo); “estreito”, passagem estreita com terra de ambos os lados que liga um mar/oceano a outro (Ex.: Estreito de Gibraltar); “istmo”, uma faixa de terra estreita que liga dois continentes ou este e uma península (Ex.: a América Central, na região do Panamá, é um istmo que liga a Ámerica do Norte e do Sul); “península”, porção de terra que está ligada ao continente por um istmo (Ex.: Península de Yucatã/Yucatan); “depressão”, extensões de terra situadas abaixo do nível do mar (Ex.: a depressão onde está localizado o Mar Morto); “mesa”, parte do terreno mais elevada que apresenta o topo plano e as escarpas inclinadas e de extensão considerável; “chapada”, elevação abrupta do terreno com o topo também plano e escarpas íngremes, porém de extensão menor (Ex.: Chapada dos Veadeiros); etc.
ATIVIDADES

1- O que são acidentes geográficos?

2- Os acidentes geográficos podem ser divididos em duas categorias. Quais são elas?

3- Geralmente os acidentes geográficos são utilizados para delimitar fronteiras. Dê exemplo de um acidente geográfico que delimita fronteira entre dois países da América do Sul.

4- O que são ilhas e como se chama um conjunto delas?

5- O que é uma baia ou golfo e qual a diferença entre os dois?

6- O que é um canal ? Dê exemplo de um canal natural e outro artificial.

7- O que é um istmo?

8- O que é uma chapada?

9- O que é uma depressão?

10- O que é uma península?