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quinta-feira, 29 de abril de 2010

O FIM DO SOCIALISMO

A criação do socialismo como regime político-econômico visava sufocar e extinguir o sistema que vigorava no final do século XIX, o capitalismo. As ideias socialistas almejavam implantar uma sociedade mais justa e igualitária.
Os principais idealizadores do socialismo foram os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, após uma profunda análise no sistema capitalista eles proporam a estruturação de uma sociedade alicerçada no regime socialista.
A partir daí, as ideias do regime socialista se espalharam pelo mundo e muitos países as implantaram. No entanto, tais nações não instituíram o socialismo aos moldes propostos por Karl Marx e Friedrich Engels. Desse modo, o socialismo aplicado em diversas nacionalidades recebeu o nome pelos estudiosos de “socialismo real”, ou seja, aquele que realmente foi colocado em prática.
Na União Soviética e todo Leste Europeu foi instaurado o socialismo real, marcado principalmente pela enorme participação do Estado. Esse fato fez emergir, de certa forma, um sistema um tanto quanto ditatorial, tendo em vista que as decisões políticas não tinham a participação popular. A liberdade de expressão era reprimida pelos dirigentes, que concentravam o poder em suas mãos.
Com o excesso de centralização do poder, a classe de dirigentes, bem como os funcionários de alto escalão do governo, passaram a desfrutar de privilégios que não faziam parte do cotidiano da maioria da população; o que era bastante contraditório, pois o socialismo buscava a construção de uma sociedade igualitária. Em todo o transcorrer da década de 80, a União Soviética enfrentou uma profunda crise, atingindo a política e a economia. Tal instabilidade foi resultado de diversos fatores, dentre os quais podemos destacar o baixo nível tecnológico em relação aos outros países. Isso porque o país investiu somente na indústria bélica, deixando de lado a produção de bens de consumo. Além, da diminuição drástica da produção agropecuária e industrial.
Diante dos problemas apresentados, a população soviética ficava cada vez mais descontente com o sistema socialista. A insatisfação popular reforçava o anseio de surgir uma abertura política e econômica no país para buscar melhorias sociais. O desejo de implantar um governo democrático na União Soviética consolidou a queda do socialismo no país. Fato que ligeiramente atingiu o Leste Europeu, que buscou se integrar ao mundo capitalista.
Hoje, praticamente não existem países essencialmente socialistas, salvo Cuba. São ainda considerados socialistas: China, Vietnã e Coréia do Norte. Aos poucos essas nações dão sinais de declínio quanto ao sistema de governo, promovendo gradativamente abertura política e econômica.

ATIVIDADE:

1- Elabore 07 perguntas e respostas sobre o texto. ( digite nos comentários )

terça-feira, 27 de abril de 2010

O CONTINENTE AFRICANO

Considerada o berço da humanidade – teses indicam que a espécie homo tenha surgido no continente africano há 1,8 milhões de anos (Homo rudolfensis) – a África em sua história recente vive inúmeros conflitos políticos e uma grave crise social e econômica. O continente africano possui uma das maiores diversidades culturais do planeta.
Na chamada África Branca, ao norte, predominam os povos caucasóides e semitas e na chamada África Negra, ao sul do Deserto do Saara, encontram-se os povos pigmeus, bosquímanos, hotentotes, sudaneses e os bantos. Esta diversidade por sua vez, se reflete nas mais de mil línguas diferentes que existem no continente africano, sem contar os inúmeros dialetos. Em algumas regiões inclusive, fala-se o português com algumas influências locais, como Moçambique e Angola.
O terceiro maior continente da terra, situado entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, possui baixa densidade demográfica como conseqüência das características de seu território. Com uma extensão de cerca de 30 milhões de km² e mais de 800 milhões de habitantes em 54 países, a África é freqüentemente dividida em cinco regiões de acordo com características geográficas e demográficas: a África Oriental, África Ocidental, África Setentrional, África Central e África Meridional.
Ao norte o continente africano é delimitado pelo Mar Mediterrâneo, na costa ocidental encontra-se o Oceano Atlântico, na costa oriental o Ocâno Indico e o Istmo de Suez que a liga com a Asia e, ao sul com os Oceanos Atlântico e Índico sendo cercada pelas ilhas de Madagascar, Reunião, Maurício, Cabo Verde, Seychelles, Canárias e Madeira.
Em torno de 20 países do continente africano a população sofre de subnutrição crônica. Com um PIB (Produto Interno Bruto) de 1% do total mundial, é na África Subsaariana onde se encontram os países considerados os mais pobres do mundo e os maiores índices de desnutrição e propagação de epidemias. Característica que se ameniza em regiões como a África do Sul e ao norte na Líbia, Argélia e Nigéria. O que acentua ainda mais as discrepâncias do continente.
O clima é equatorial ou tropical na maior parte do país, exceto no extremo norte e extremo sul onde é temperado. O deserto do Saara, ao norte, é uma das regiões mais áridas do planeta e ocupa um terço do território africano. Em contraste, na bacia do Rio Nilo (o maior do mundo, em extensão) se encontram as regiões mais férteis do planeta, onde surgiu a civilização egípcia (Egito Antigo). O Kilimanjaro é o ponto mais alto da África com 5.895m.
A vegetação africana constitui-se basicamente de savanas e florestas equatoriais onde se encontra uma grande variedade faunística. Nas savanas encontram-se os leões, girafas, leopardos e hienas, entre outros animais. E nas florestas equatoriais encontram-se principalmente símios, aves, anfíbios e répteis. A principal ameaça para esses ecossistemas já foi a caça predatória praticada pelos colonizadores, principalmente nas savanas. Mas, atualmente o maior problema encontrado é o processo de desertificacão provocado pelo desmatamento nas florestas equatoriais. Nas savanas esse processo é ainda mais grave por causa das condições climáticas propícias ao processo de desertificação, como baixa densidade pluviométrica e solo frágil.
ATIVIDADES:
1- Com quais continentes a África se limita?
2- Em que regiões da África fala-se o português?
3- Que povos predominam:
a) Na África branca:
b)Na África negra:
4-Em que região da África se encontram os países mais pobres do mundo?
5-Em que regiões da África a situação de pobreza é um pouco mais amena?
6- Qual o nome do deserto que ocupa um terço do território africano?
7-Existe uma região na África, que é considerada a mais fértil do planeta. Nas proximidades de qual bacia hidrográfica fica essa região?
8-Qual é o ponto mais alto da África?
9- De que constitui-se a vegetação africana?
10-Dê exemplo de alguns animais que podem ser encontrados nas savanas.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Biografia e ideias de Sócrates

Biografia e ideias de Sócrates

Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 aC, e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma humana.

Sócrates era considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes. Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para os cidadãos gregos. Seu método de transmissão de conhecimentos e sabedoria era o diálogo. Através da palavra, o filósofo tentava levar o conhecimento sobre as coisas do mundo e do ser humano.

Conhecemos seus pensamentos e ideias através das obras de dois de seus discípulos: Platão e Xenofontes. Infelizmente, Sócrates não deixou por escrito seus pensamentos.

Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas ideias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.

Em função de suas ideias inovadoras para a sociedade, começa a atrair a atenção de muitos jovens atenienses. Suas qualidades de orador e sua inteligência, também colaboraram para o aumento de sua popularidade. Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite mais conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como um inimigo público e um agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Em sua cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 AC.

Algumas frases e pensamentos atribuídos ao filósofo Sócrates:

- A vida que não passamos em revista não vale a pena viver.
- A palavra é o fio de ouro do pensamento.
- Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
- É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal.
- Alcançar o sucesso pelos próprios méritos. Vitoriosos os que assim procedem.
- A ociosidade é que envelhece, não o trabalho.
- O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância.
- Chamo de preguiçoso o homem que podia estar melhor empregado.
- Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes.
- Não penses mal dos que procedem mal; pense somente que estão equivocados.
- O amor é filho de dois deuses, a carência e a astúcia.
- A verdade não está com os homens, mas entre os homens.
- Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.
- Quem melhor conhece a verdade é mais capaz de mentir.
- Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.
- Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.
- Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo de Deus.


ATIVIDADE:

1- Sintetize a biografia de Sócrates.
2- Escolha 05 dos pensamentos de Socrátes. ( escreva porque você os escolheu e faça um comentário sobre cada um dos pensamentos escolhidos) . Mínimo 5 linhas para cada.

O PAPEL DA ONU E A OTAN

O papel da ONU e a OTAN (histórico)



Com o final da guerra fria, a ONU Organização das Nações Unidas - adquire um novo papel, mais ativo. Ela vem se fortalecendo ultimamente e deverá se consolidar ainda mais ainda no século XXI, como conseqüência da globalização e da interdependência cada vez maior de todos os povos, Estados e até dos problemas comuns da humanidade. Anteriormente, ela nunca conseguia desempenhar um papel mais ativo nos problemas mundiais porque essa função era ocupada pelas duas superpotências e suas alianças político-militares.


Além disso, o principal órgão decisório dessa organização, o seu Conselho de Segurança (no qual são decididos os problemas de guerras, a intervenção ou não num país agressor, a ajuda ou não às vítimas de um conflito, etc.), possui cinco membros permanentes e com direito de veto*: Estados Unidos, ex-União Soviética (e atual Rússia), China, França e Inglaterra. Esses cinco países adquiriram esse privilégio por ocasião da criação da ONU, no final da guerra, quando foram considerados como os "cinco grandes" entre os vencedores do conflito.

Na realidade, somente dois eram de fato "grandes" ou poderosos naquele momento, as duas superpotências, sendo que a França, a Inglaterra e a China foram incluídas por sugestão dos Estados Unidos e da ex-União Soviética, que queriam aliados nesse Conselho. A presença das duas superpotências no Conselho de Segurança, com poder de veto, sempre paralisou a ONU. Nenhuma resolução ou medida mais importante podia ser aprovada, nas últimas décadas, pois em geral cada superpotência defendia um dos lados da disputa. Mas com o final da guerra fria esse problema já não existe mais.


Podemos notar a presença mais ativa da ONU nos problemas mundiais em vários momentos recentes: a aprovação do envio das "tropas aliadas" na Guerra do Golfo, de 1991 (algo nunca visto anteriormente), a formação das "tropas de paz" da ONU, com soldados de vários países, para tentar manter a paz na África (Somália, Ruanda) e na antiga Iugoslávia, particularmente na Bósnia, etc. Quanto à questão do Conselho de Segurança, ela já começa a ser discutida: alguns países solicitam o final do direito de veto para os cinco membros permanentes (esse Conselho tem ainda mais dez membros, além dos cinco permanentes, que são eleitos por dois anos e não têm direito de veto), e outros argumentam que esse número de cinco deve ser ampliado para sete ou mais membros (incluindo as novas potências, cormo o Japão e a Alemanha e, para equilibrar as coisas, colocando também países do Sul como o Brasil ou a índia). A ONU, portanto, deverá sofrer algumas reformulações nos anos 90 e desempenhar um papel mundial muito mais ativo no século XXI.


Outra associação internacional importante nos dias atuais, só que bem mais restrita que a ONU, é o chamado Grupo dos Sete. Trata-se de uma espécie de "clube" dos sete países mais ricos do mundo, os sete grandes do mundo capitalista, com os maiores PNBs: Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá. O conceito de riqueza é relativo. É claro que a população em geral da Suíça, da Holanda ou da Suécia vive bem melhor que a média desses sete, principalmente que a população do sul da Itália e de partes do Reino Unido; mas o importante aqui é a produção total e não per capita (por pessoa). E esses sete países possuem de fato maior poder de investimentos no exterior, de empréstimos, de bancar (pagar) gastos militares ou econômicos (contribuições à ONU, ao Banco Mundial, ao FMI, etc.), quando eles forem necessários.


Já ocorreram inúmeras reuniões desse Grupo dos Sete e eles têm um grande poder de decisão na medida em que podem emprestar (ou não) enormes somas de dinheiro para países em crise - especialmente as "economias de transição" -, para países com conflitos militares, etc. Esse grupo possui também grande poderio para mudar ou redefinir instituições importantes como o FMI ou o Banco Mundial, que controlam o problema das dívidas externas dos países.
Outra organização importante, que parecia destinada a morrer mas sobrevive e até se fortalece, é a OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte. Ela foi fundada em 1949 e sua sede localiza-se em Bruxelas (Bélgica), tendo como membros quase todos os países europeus ocidentais que participam da União Européia e mais a Turquia, que tem uma parte de seu território na Europa. A OTAN foi criada para defender o "mundo livre" - ou melhor, o capitalismo - de uma possível ameaça socialista ou soviética, sendo que o seu grande rival era o Pacto de Varsóvia, organização militar já extinta e que congregava a União Soviética e a maioria dos países da Europa oriental.


Justamente com o final do Pacto de Varsóvia pensou-se que a OTAN também seria extinta, mas ocorreu o contrário: ela vem se fortalecendo, adquirindo novos objetivos (não mais a união contra a "ameaça comunista" e sim a defesa dos interesses comuns dos países ricos) e sendo até alvo de disputas dos ex-países socialistas, que nela pretendem ingressar. Até a Rússia já manifestou interesse em ser aceita como membro da OTAN, algo que seria absurdo até o início dos anos 90.
ATIVIDADE:
1- Leia o texto.
2- Faça comentário no seu caderno ( parágrafo por paragráfo).

quinta-feira, 8 de abril de 2010