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terça-feira, 13 de abril de 2010

O PAPEL DA ONU E A OTAN

O papel da ONU e a OTAN (histórico)



Com o final da guerra fria, a ONU Organização das Nações Unidas - adquire um novo papel, mais ativo. Ela vem se fortalecendo ultimamente e deverá se consolidar ainda mais ainda no século XXI, como conseqüência da globalização e da interdependência cada vez maior de todos os povos, Estados e até dos problemas comuns da humanidade. Anteriormente, ela nunca conseguia desempenhar um papel mais ativo nos problemas mundiais porque essa função era ocupada pelas duas superpotências e suas alianças político-militares.


Além disso, o principal órgão decisório dessa organização, o seu Conselho de Segurança (no qual são decididos os problemas de guerras, a intervenção ou não num país agressor, a ajuda ou não às vítimas de um conflito, etc.), possui cinco membros permanentes e com direito de veto*: Estados Unidos, ex-União Soviética (e atual Rússia), China, França e Inglaterra. Esses cinco países adquiriram esse privilégio por ocasião da criação da ONU, no final da guerra, quando foram considerados como os "cinco grandes" entre os vencedores do conflito.

Na realidade, somente dois eram de fato "grandes" ou poderosos naquele momento, as duas superpotências, sendo que a França, a Inglaterra e a China foram incluídas por sugestão dos Estados Unidos e da ex-União Soviética, que queriam aliados nesse Conselho. A presença das duas superpotências no Conselho de Segurança, com poder de veto, sempre paralisou a ONU. Nenhuma resolução ou medida mais importante podia ser aprovada, nas últimas décadas, pois em geral cada superpotência defendia um dos lados da disputa. Mas com o final da guerra fria esse problema já não existe mais.


Podemos notar a presença mais ativa da ONU nos problemas mundiais em vários momentos recentes: a aprovação do envio das "tropas aliadas" na Guerra do Golfo, de 1991 (algo nunca visto anteriormente), a formação das "tropas de paz" da ONU, com soldados de vários países, para tentar manter a paz na África (Somália, Ruanda) e na antiga Iugoslávia, particularmente na Bósnia, etc. Quanto à questão do Conselho de Segurança, ela já começa a ser discutida: alguns países solicitam o final do direito de veto para os cinco membros permanentes (esse Conselho tem ainda mais dez membros, além dos cinco permanentes, que são eleitos por dois anos e não têm direito de veto), e outros argumentam que esse número de cinco deve ser ampliado para sete ou mais membros (incluindo as novas potências, cormo o Japão e a Alemanha e, para equilibrar as coisas, colocando também países do Sul como o Brasil ou a índia). A ONU, portanto, deverá sofrer algumas reformulações nos anos 90 e desempenhar um papel mundial muito mais ativo no século XXI.


Outra associação internacional importante nos dias atuais, só que bem mais restrita que a ONU, é o chamado Grupo dos Sete. Trata-se de uma espécie de "clube" dos sete países mais ricos do mundo, os sete grandes do mundo capitalista, com os maiores PNBs: Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá. O conceito de riqueza é relativo. É claro que a população em geral da Suíça, da Holanda ou da Suécia vive bem melhor que a média desses sete, principalmente que a população do sul da Itália e de partes do Reino Unido; mas o importante aqui é a produção total e não per capita (por pessoa). E esses sete países possuem de fato maior poder de investimentos no exterior, de empréstimos, de bancar (pagar) gastos militares ou econômicos (contribuições à ONU, ao Banco Mundial, ao FMI, etc.), quando eles forem necessários.


Já ocorreram inúmeras reuniões desse Grupo dos Sete e eles têm um grande poder de decisão na medida em que podem emprestar (ou não) enormes somas de dinheiro para países em crise - especialmente as "economias de transição" -, para países com conflitos militares, etc. Esse grupo possui também grande poderio para mudar ou redefinir instituições importantes como o FMI ou o Banco Mundial, que controlam o problema das dívidas externas dos países.
Outra organização importante, que parecia destinada a morrer mas sobrevive e até se fortalece, é a OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte. Ela foi fundada em 1949 e sua sede localiza-se em Bruxelas (Bélgica), tendo como membros quase todos os países europeus ocidentais que participam da União Européia e mais a Turquia, que tem uma parte de seu território na Europa. A OTAN foi criada para defender o "mundo livre" - ou melhor, o capitalismo - de uma possível ameaça socialista ou soviética, sendo que o seu grande rival era o Pacto de Varsóvia, organização militar já extinta e que congregava a União Soviética e a maioria dos países da Europa oriental.


Justamente com o final do Pacto de Varsóvia pensou-se que a OTAN também seria extinta, mas ocorreu o contrário: ela vem se fortalecendo, adquirindo novos objetivos (não mais a união contra a "ameaça comunista" e sim a defesa dos interesses comuns dos países ricos) e sendo até alvo de disputas dos ex-países socialistas, que nela pretendem ingressar. Até a Rússia já manifestou interesse em ser aceita como membro da OTAN, algo que seria absurdo até o início dos anos 90.
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